A culpa não é minha!


Manhã livre de trabalho, não sei bem o que fazer, decido ver montras e prateleiras de loja, mesmo que não compre fico atualizada. Cruzo-me com umas sabrinas que são também uma espécie de alpargatas, parecem confortáveis e aparentemente têm uma sola especial para caminhadas. São da Ugg, hum, vou experimentar. Calço o 37. Apertado. Mesmo. O peito do pé quase a saltar de dentro do sapato. Percebo logo que não são nada de genial mas ainda assim peço o 38. Largos. A sair dos pés. Lembrei-me que já tive várias experiências do género no ano passado. E que talvez por isso tenha a casa cheia de sapatos do género que não calço, ou que muito raramente uso, porque acabam sempre por me magoar. Ou sair dos pés. É por estas e por outras que prefiro sapatilhas e sapatos com cordões. Não é uma questão de gosto.  É uma questão de ter um pé que nem é um número nem é outro. Talvez seja um número intermédio. Ou um pé que não foi feito para ser enfiado nestes modelos. Mas percebo agora que não é minha a culpa de ter não sei quantos pares de sapatos do género enfiados numa caixa quase sem uso (os sapatos, não a caixa). Quer dizer, a culpa é minha, que os comprei, mas começava a achar um capricho dizer que não me serviam sapatos que eu própria escolhi, depois de os ter experimentado. 



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