Passaram-se os seis meses sem compras mas o verdadeiro teste foi feito hoje. Entrada numa das lojas preferidas, onde não costumam faltar tentações, onde tudo me costuma parecer perfeito, comprável, necessário, urgente. Vi uma alpargatas que dizem ser sandálias (o formato é de alpargata, o material ou a frescura é que deve divergir, quanto ao mais não sei que não experimentei) que noutra altura teria comprado sem olhar para o lado. Alpargata que é sandália? Está bem, está. Vou ver a roupa. Tentação por um comprido, mas era tamanho M, ia precisar de bainha, os saldos estão quase aí, não vale a pena. Este é giro mas não vale o preço, esta blusa é o máximo mas é podre de cara, nem pensar. Esta carteira é o máximo e é a minha cara mas o material não vale metade do que pedem por ela, já sei, já tive uma da marca e foi uma desilusão. Não, nem em sonhos, não vou dar este dinheiro por isto. Afinal não foi assim tão difícil. É, na verdade, caso de pensar se realmente precisamos daquilo. Se precisamos daquilo que custa aquele preço. Se não encontraremos uma peça a uns 3 euros que também dê nas vistas. Se não vale mais a pena apostar num acessório. E refletir sobre tudo o que vamos poder fazer se não gastarmos aquele dinheiro em roupa. Mais ainda, imaginar tudo o resto que vamos precisar de fazer com ele.
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