A submissão é a morte






























Hoje só consigo dizer isto, ou mostrar isto, porque no meio de tantas incertezas sei que sou uma rebelde. Sempre fui. Ou talvez não. PQP, nem sei bem quem sou. Nem sei se esta pretensão de rebeldia  alguma vez me levou a algum lado, ou se algum dia levará. Submissa é que não, nunca. Às vezes talvez, não sei bem. Mas consciente de que estou a ser. Nunca ser só por ser, porque acreditar que devo ser. Até posso ser mas revolto-me, por dentro, por fora, nas entranhas e nos gritos. E sim, são os problemas que criam os rebeldes, quem não os tem está bem sossegadinho no seu canto. E não digo muito mais porque para além de tudo o que me indigna mais genericamente e que anda a indignar muita gente, hoje não é sobre nada disso que me apetece falar. Só quero dizer que estou farta, cansada, tenho sonho, quero fugir. De médicos, de doentes, de velhinhos que quase não conseguem subir o degrau da entrada do prédio, de doenças, de cancros, de diagnósticos, prognósticos, tratamentos, mortes... E de não ver  nadinha com esta porcaria de óculos que iam salvar o meu mundo.

Sem comentários:

Enviar um comentário