Long hair - hot or not?

Isto de querer deixar crescer o cabelo tem o que se lhe diga. Sobretudo quando temos a convicção de que o cabelo curto é o que melhor nos assenta, o que mais nos espelha, o que destaca uma nuca e pescoços apetecíveis (não tenho culpa, é o que todos os cabeleireiros, homens ou mulheres, me dizem sempre que me cortam o cabelo curtinho) e o que dá muito menos trabalho. 

Mas agora cheguei a um ponto mesmo difícil: há uns 14 anos que não tinha o cabelo tão comprido, com exceção da franja (está pelos ombros e é encaracolado, por isso nem se nota bem, mas é verdade que desde que o tinha mesmo muito comprido e cortei curtinho, nunca mais quis outra coisa). Está numa daquelas fases estupidas em que, por mais que faça, nunca fica penteado como quero. 

Sei que daqui por um mês estará muito melhor, mas quando me olho ao espelho e me vejo despenteada só me apetece ir a correr cortá-lo, dá muito menos trabalho, não preciso de secador, é só lavar e andar, nada de amaciadores e de máscaras... E depois dou a volta: há imenso tempo que não o conseguia deixar crescer, se já cheguei até aqui é melhor continuar, pelo menos mudo o look por uns tempos, depois quando me fartar volto a cortar, mas será que já não estou farta, estou a fazer este esforço todo para quê? Só para ter maior impacto quando acabar por cortá-lo? 

A reflexão é em círculo e não me tira do sítio, é fútil e um bocado parva, mas é nisto que estou desde o início da semana, com particular intensidade desde quarta ou quinta-feira, quando percebi que, estando vento, a franja que devia estar esticadinha para a frente fica feita num oito e, quanto ao resto do cabelo nem quero falar. E na verdade não me interessa mesmo nada aquilo que pergunto no título, porque como se comprova pelos últimos 14 ou 15 anos da minha existência, andei sempre na minha no que toca aos cabelos.

Sem comentários:

Enviar um comentário