A segunda vida das roupas da Divine

Já tinha batido tantas portas e recebido tantas negas que desisti. Sim, somos uma loja de roupa em segunda mão, ou vintage, mas importamos as peças a preços tão incríveis que as podemos vender por quase nada. Nunca ninguém me disse isto assim, claro, mas tantas pessoas questionei que é mais ou menos isso que se passa. O importante para o caso é que a resposta era sempre a mesma: não, não vendemos roupa de outras pessoas. Ou seja, não vendemos as suas.

Depois de participações esporádicas em feiras, que deram para perceber que são as turistas que dão gritinhos de alegria ao ver as minhas peças e que um espaço para experimentar é essencial quando se trata de roupa, arrumei tudo, pensei que tinha desistido. 

Acontece que, às vezes a vida dá-nos voltas que não imaginávamos. E, num destes dias à tarde em que já é noite, ao sair do sapateiro onde fui buscar umas botas, dou de caras com a Ruma. Não resisti e entrei. Tinha coisas giríssimas, vintage, usadas e novas. Não resisti a experimentar um vestido. O preço era mais do que convidativo. 

Pensei, que se lixe, vou perguntar. E a resposta foi diferente: sim, acolhemos vários projetos, seja roupa vintage, seja usada, seja de criadores, de bloggers. Vasculhei sacos, malas e baús para retomar o Divine Shape - Secondhand Clothing na Ruma, onde as minhas roupas (umas usadas, outras nem por isso) vão estar pelo menos durante o próximo mês.
Há calçado, carteiras e roupa, em tamanhos que vão do S ao XL, Algumas (muitas) coisas estão novas. Já fui um XL, um L, um M e agora sou um S/M. Tenho imensa roupa quase por estrear que já não me serve e outras também por usar que me servem, me ficam bem, mas, que não visto, embora goste imenso delas.

Estão, por isso, à venda na Ruma, na Rua Mártires da Liberdade, 83. O espaço encerra à segunda-feira e nos outros dias está aberto a partir das 14h e até às 20h. 

Para já não há imagens, mas a visita vale a pena.

3 comentários:

  1. Eu também vou fazendo umas feiras de vez em quando, ou vendendo acessórios no OLX (que é uma aventura por si só). É certo que separo coisas para dar, mas mesmo assim dá-me pena ver ali coisas onde podia recuperar pelo menos parte do investimento. A "alergia" portuguesa às coisas em segunda mão vai passando aos poucos, enfim...

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  2. e online para vermos? e comprar? vá lá....

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