Estamos em rede ou nem por isso?

Não é que eu não gostasse de viver em Nova Iorque. Mas andei a espreitar alguns dos empregos de que fala hoje o site Dinheiro Vivo e grande parte deles podiam ser feitos em qualquer parte do mundo.
Se é para gerir páginas de Facebook, Twitter e demais redes sociais, isso pode ser feito onde quisermos, certo? Incluindo Portugal. Desde que se domine o inglês (que domino) e a web (que também domino), isso devia ser suficiente, ou não?

Parece que não. Sigo o link de uma das ofertas de emprego do Huffington Post, escolho as opções "writing and editing" e aparece um cargo para gerir plataformas online dedicadas a mulheres e pais. Estão à procura de um editor de redes sociais capazes de lidar com os dois temas e dizem que o candidato ideal será alguém motivado para experimentar coisas novas e ultrapassar barreiras. Eu estava.  Avanço e perguntam-me se estou em Nova Iorque ou se penso mudar-me para lá. Digo que não. Então esquece, não podes candidatar-te.

A única coisa que pode ser feita à distância é moderar comentários. Não estamos na era digital? Para trabalhar numa plataforma online não se pode trabalhar a partir de qualquer lado do mundo? É que não estamos a falar de uns empregozitos quaisquer. Estamos a falar, por exemplo, da Condé Nast, detentora de títulos como a Vanity Fair, The New Yorker, a Vogue ou do site WWD (Women's Wear Daily), que por acaso visito frequentemente. Se estamos todos em rede porque não trabalhamos todos em rede. Pensava que lá fora estava tudo muito à frente nesta área. Afinal nem tanto.

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