Pára de pensar em quem tu és. Vive. Não te preocupes com o que os outros pensam. Ninguém te está a julgar. Vive. Participa. O mundo está aqui e agora. A felicidade não está do outro lado do espelho e muito menos para lá do muro. A felicidade não está naquilo que supomos precisar. Se pensarmos assim, quando lá chegarmos - ao emprego que queremos, ao ordenado que merecemos, à casa de sonho com jardim para os três filhos que não temos - vamos precisar de outra coisa qualquer. Vive cada dia como se fosse teu. Há-de chegar um dia que será o último. Quando aí chegares não vais querer ter passado pela vida sem a viver. Não vai valer de nada toda a angustia com o futuro, com o presente, com o passado, com o que não conquistaste e se calhar nunca vais conquistar. Nada disso importa, porque sabes que o que não conquistaste nem sequer é o que te fará feliz. Não invejes. A felicidade também não está no que os outros são ou têm. É com o que tens que tens de viver. E isso pode ser suficiente. É suficiente. Podes não ser reconhecido pelo teu valor, mas o que importa é que tu saibas que tens valor, que cresceste, que agora és bem melhor. Pode ser que chegue, um dia - o reconhecimento. Até lá não vale a pena baixar os braços, não se pode baixar os braços - quando ele chegar, já sabes, vais querer outra coisa qualquer. Por isso, avança, faz, corre, mesmo que não saibas bem o teu destino. Se fores andando sem a angústia do costume, pode ser que não seja preciso lá chegares para seres feliz.
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