Já tinha piscado o olho às brancas, antes dos saldos, mas nem chegou a transformar-se num problema. Esquece isso, quase nem usas sandálias, pensa noutra coisa. Até ontem, quando descobri as cor-de-rosa nos pés da Joana. São lindas, são ainda mais fantásticas do que as brancas e estão em saldo.
Fiquei de olho nas brancas porque tive umas brancas que usei até morrerem de velhas e agora tenho umas de plástico que não devia ter comprado porque o plástico não é coisa boa para o calor, tudo desliza, parece que estou a caminhar com um balde de água nos pés, devo ficar muito pouco graciosa a caminhar daquela forma. E para que preciso eu de umas sandálias se não as posso usar quando está calor?
Dizia, então, que as ditas sandálias ganharam vida na minha vida quando vi as cor-de-rosa nos pés da Joana. São perfeitas. Há uns anos, tê-las-ia comprado sem hesitações. Tive montes de sapatos super originais de todas as cores, porque me apaixonava por eles. Acho que, em parte, isso justifica o meu guarda-roupa ainda bastante preto e liso. Preto e liso dá com tudo, e o meu "tudo" que precisava de combinações seguras sempre foram os sapatos.
Os anos tornaram-me mais comedida (retraída?) e comecei a preferir apostas mais transversais. Sapatilhas brancas, botins brancos estilo sapatilha e as ditas sandálias brancas que se estragaram para conjugar com cores claras (ou com preto) nos dias mais quentes. Botas altas pretas, botins pretos, sapatos oxford pretos para vestir com preto ou cores mais vivas, durante a época fria. Miúda, tornaste-te num aborrecimento.
As sandálias cor-de-rosa são a minha cara mas não as consigo virtualmente conjugar com toda a roupa que tenho (sim, é esse o ponto a que chego, se não combina com tudo, ou quase, não vale a pena). As brancas também não, mas neste caso a dificuldade seria apenas combinar estilos, porque o branco é como o preto, dá com tudo. É oficial, o branco transformou-se no meu novo preto,
A emoção leva-me para as cor-de-rosa, e o meu lado mais racional leva-me para as brancas. Sinto que seriam a escolha mais "segura" e, por isso, um melhor investimento. O melhor é deixar-me ficar nesta indecisão, a ver se a paixão passa. E os saldos também.
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