WHAT' S IN YOUR CLOSET # 10 Divine Shape

A promessa estava feita desde que eu e a Sílvia Silva começámos a pensar no novo look do blogue e uma sugestão dela veio a dar origem à rubrica WHAT' S IN YOUR CLOSET. Na altura, pedi-lhe para me entrevistar. Ela tardou, mas enviou-me as perguntas. Respondi, pedi à jornalista Patrícia Carvalho, do jornal Público, para fazer o texto introdutório, li-o e editei-o. Three is a crowd, mas achei que valia a pena assinalar com este exercício de uma certa e divertida esquizofrenia o 10º WHAT' S IN YOUR CLOSET. Até porque esta sou eu - complicated is my middle name.

"Muito antes da Divine Shape ser Divine Shape já eu lhe arrancava umas gargalhadas deliciosas (que saudades) sempre que lhe dizia que ela era o meu ícone de moda. Apesar de uns quantos quilos a mais e umas ancas bem mais largas do que as minhas, o que eu via era uma miúda com gosto e atitude, enquanto eu me ficava sempre pelos básicos. A Divine ria-se das minhas tiradas e nem sei se, na altura, acreditava nelas. Mas fico contente por ver que com a chegada aos 30 (ela está agora com 35, acha, não tem muita certeza), assumiu algumas coisas sobre ela mesma, incluindo que, sim, tem um jeitinho especial para a moda.
Sempre que lhe espreito o blogue continuo a ficar pasmada com os conjuntos que por lá aparecem e pergunto-me onde é que arranja tempo. Bem sei que é muito organizada - mesmo que ache que não - e comprovei-o ao ler a entrevista, quando descobri, maravilhada, que prepara de véspera vários conjuntos para a manhã seguinte. 
Posso confirmar que a Divine é tudo o que diz nesta entrevista, mas um bocadinho mais. Ela tem coisas coloridas apesar de, se calhar, poder ter mais algumas. E é, sem dúvida, mais divertida a vestir no Verão, apesar de ter uma personalidade mais outonal (fora as gargalhadas) e de algumas das peças que mais lhe invejei serem de Inverno, como o tal casaco da Goodvibes.
O que eu não sabia é que a Divine ainda tem o desgraçado do casaco preto cheio de borboto. Acho que já me tinha insurgido contra ele há uns bons três anos, porque aquilo não tem condições nem para deixar um gato afiar as unhas (e ela nem gato tem). Nem quero imaginar como estará agora... Por isso, Divine, ou o deitas fora já ou quando for lá a casa abro malas e gavetas e deito-o ao lixo".
Patrícia Carvalho.

1) O que trazes vestido neste momento? Tens algum tipo de maquilhagem, verniz, etc?
Quando recebi a tua entrevista, num sábado, pela meia-noite, já tinha trocado as calças de ganga escura que tinha usado durante o dia pelas calças do pijama. Ainda trazia vestida uma t-shirt básica branca com uma camisola de lã vermelha. Hoje, que estou a responder às perguntas, trago um vestido preto por cima do joelho e um casaco cinzento de lã. Pus risco cinzento nos olhos e um bocadinho de rímel. Tenho as unhas pintadas de vermelho.

2) Se hoje tivesse sido um dia perfeito, com tempo para tudo o que precisas, o que terias vestido?
Talvez a mesma coisa. No sábado, quando recebi a entrevista, tive todo o tempo do mundo e vesti a primeira coisa que veio à mão - umas calças, uma camisola básica, uma camisola de lã. Hoje não tive muito tempo, mas, como faço quase sempre nos dias de semana e de trabalho, preparei na noite anterior vários looks (sim, vários; às vezes tenho a certeza do que quero vestir, outras vezes não...) para antecipar o que me apeteceria vestir esta manhã. Às vezes, no dia seguinte não me apetece nada do que tinha escolhido e visto outra coisa.
Nunca perco muito tempo, mesmo quando opto por alterar aquilo em que tinha pensado, porque mantenho quase sempre as mesmas combinações - aquele vestido com aquele casaco e aquelas botas, aquelas calças com aquela camisola e as outras botas...
Antes do meu filho nascer perdia tempos infinitos em frente ao espelho a testar combinações diferentes. E mudava de carteira quase todos os dias, de acordo com o look. Quando ele nasceu, comecei a ter de me vestir sem incertezas - vai aquilo porque sei que fica bem, não posso perder tempo a experimentar variações.
Confesso que hoje, depois de ter optado pelo vestido que normalmente uso sem o respetivo cinto, cai na tentação de o experimentar. Fiquei indecisa, acabei por desistir. Não consegui perceber se ficava mal ou bem, optei pelo look do costume.
Se tivesse sido um dia perfeito, teria reparado em casa que o vestido está cheio de pelo (devem ser fibras de outras malhas) e que mais valia ter vestido outra coisa. Se fizesse tudo como "devia", também tinha posto anti-rugas, base e um bocadinho de blush. Não é só uma questão de falta de tempo, admito que não faço isto todos os dias por preguiça. Mas consegui passar o ferro na franja para a alisar, portanto já fico feliz com isso.

3) O que achas que devias eliminar do teu guarda-roupa de uma vez por todas?
Hum... Difícil. Tenho duas malas de viagem (uma das bem grandes) cheias de roupa que não uso ou que acho que não me fazem falta, para vender em feiras. No guarda-roupa que resta (e que ainda assim é muito) acho que podia eliminar outras tantas coisas sem que me fizessem mesmo falta.
Quando comecei a vender roupa usada, uma amiga perguntou-me "Tens um armário sem fundo ou vais ficar sem roupa?". A resposta foi: "Vou ficar com a que preciso neste momento". Também é verdade que tenho muita roupa, porque sempre tive grandes oscilações de peso e isso deu origem a roupa de vários tamanhos. Tenho também de admitir que, quando pesava uns quilos a mais, tinha dificuldade em encontrar roupa que me servisse e acabava por comprar quase tudo o que conseguia enfiar no corpo...
Agora as coisas estão mais estáveis, mas tenho dias em que me apetece livrar-me de um monte de roupa, deixar de pensar tanto nela, viver como vivo nas férias (quando ia de férias): com um ou dois vestidos, umas leggins, umas calças de ganga e um casaco...
Acho que não tenho nenhum "mono" de que me devesse livrar. Quer dizer... tenho um casaco preto que já foi muito giro mas que comecei a usar em casa e está completamente cheio de borboto. Até já deixei de o usar em casa porque até em casa me criticavam por me verem com aquilo vestido.  Também tenho umas sapatilhas brancas de verão descoladas e podres de uso, mas não consigo deitá-las fora.

4) O que devias vestir mais vezes, mas não vestes?
Talvez devesse vestir mais vezes saias. Não tenho muitas, mas visto-as poucas vezes. Prefiro os vestidos. Porque as saias têm de combinar com as camisolas, e  não tenho grande tempo para testar qual a camisola perfeita para cada saia. Acabo por achar que a camisola perfeita para todas as saias é a mesma e para não andar sempre com a mesma camisola não visto as saias (complicadinha, eu sei que sou).
Talvez também devesse mudar mais vezes de casaco - no Inverno ando quase sempre de kispo. É quentinho e, portanto, uma aposta segura tanto para a chuva como para o frio. Mas tenho casacos de Inverno giríssimos - como o da Goodvibes (preto e assimétrico, mas com uns pormenores em azul céu) que me obriguei a vestir hoje para variar um bocado. Admito que, perante a quantidade de botas e sapatos que tenho, também podia alargar o leque dos que realmente calço.
Em cada estação sou um bocado de ideias fixas - gosto daquelas botas, daquela combinação, estou sempre a repeti-la. Basta-me um dia olhar para o armário, pensar "e se...?". Quando resulta, fico viciada. Este Inverno o meu "vício" são os vestidos curtos com leggins e umas botas pretas pelo tornozelo. Ou então umas skinny jeans com as mesmas botas ou com umas galochas cor-de-rosa que comprei porque adorei a cor e, pela primeira vez, gostei de me ver com botas por cima das calças.
No último Verão o "vício" foram as calças coloridas curtas com sandálias, sapatilhas ou sabrinas. Tinha apenas duas: umas cor-de-rosa, outras da cor do logotipo do blogue. As variações eram feitas com as camisolas, com o calçado e com a cor do verniz das unhas. Uma vez ou outra lá vestia um vestido. Mas tenho a certeza de que o que calcei a maior parte das vezes foram umas sandálias havaianas (mesmo para ir trabalhar) e sapatilhas. Usei muito menos as Melissa azul petróleo, que adoro e que acho que são muito mais o meu estilo.

4) Acreditas que seja possível, para uma mulher trabalhadora, mãe e dona de casa como tu, manter um estilo impecável diariamente? Ou isso é só conversa de revistas de moda?
Eu até posso sair de casa impecável, mas na maior parte das vezes chego a casa toda desgrenhada, porque mexo imenso no cabelo quando estou a trabalhar, sobretudo quando estou mais cansada. Também mexo nos olhos e na cara, por isso a maquilhagem (quando a uso) vai desaparecendo ao longo do dia. Às vezes, quando entro no elevador do prédio no regresso a casa penso "meu deus, quem és tu?".
Se é possível manter um estilo impecável diariamente? Talvez. Não digo que seja impossível. No meu caso não é. Às vezes adormeço, salto da cama e visto a opção básica e mais segura: calças de ganga, t-shirt básica, camisola. Também tenho dias em que acordo irritada ou com muito sono, sem paciência para pensar em roupa, e sigo o mesmo caminho.
Não tenho empregada, sou eu que trato da roupa e odeio, pelo que o resultado nunca é assim tão impecável...  Também trato do resto da casa, o que significa que na verdade não trato e que, sobretudo no Inverno, me movimento entre muito cotão. Depois, tenho um filho pequeno, o que significa ajoelhar-me no tapete do quarto dele para o vestir e ficar com as calças coçadas (com isto consegui rasgar umas calças de ganga pela primeira vez na minha vida) ou com as meias-calça cheias de pelo.
Tenho dias em que posso dizer que sinto que saio de casa impecável. Mas é um sentimento, não propriamente uma realidade. Noutro dia qualquer, exatamente com as mesmas opções, posso não sentir nada disso. 

5) O que é para ti um estilo impecável?
Pois, talvez seja mais um estado de alma do que outra coisa. Julgo que, acima de tudo, é sentirmo-nos bem na nossa pele. Podemos trazer o vestido mais "top" e os sapatos mais elegantes do mundo mas, se não nos sentirmos bem com eles, ou se não se "identificarem" com a nossa personalidade, ficamos sem estilo nenhum. Manter um estilo impecável talvez seja ter um bom corte de cabelo, uns acessórios porreiros (óculos de sol e anel são importantes para mim; se acordar bem disposta não dispenso uns brincos e durante o verão até sou capaz de arriscar num colar), usar aquilo que nos fica bem e aquilo com que nos sentimos bem. Aquilo que nos define. A maquilhagem ajuda, admito. Não é preciso muita, mas um toquezinho de blush e uma pintura nos olhos e nos lábios dão outra vida e outra luz às pessoas. E as unhas pintadas também, mas isso para mim é um vício, não conta.

6) Muitas vezes sinto que entre o que  visto e aquilo que defino como o meu estilo existe um grande fosso. Sim, porque afinal passo grande parte dos meus dias de calças e sapatilhas e esse não de todo 'o meu estilo'. Sentes o mesmo? Porque será que isso acontece?
Sim. Como já disse, nos dias em que não tenho tempo ou não me apetece pensar em roupa, opto pela opção mais segura - calças de ganga, botas ou sapatilhas, dependendo da altura do ano.
Não sei bem porque. Talvez porque toda a gente se sente bem com umas calças de ganga de vez em quando. Ou porque nem sempre temos paciência para nos vestir. Ou porque às vezes falta a carteira ou os sapatos para usar com a roupa que é o "nosso estilo". Ou então - talvez seja uma hipótese a considerar como bastante provável - não temos roupa do "nosso estilo" em quantidade suficiente para evitar outros estilos.
Todos os Invernos olho para o guarda-roupa e só vejo monotonia, sinto que me falta alguma coisa. Acho que já percebi porquê: no guarda-roupa de Primavera/Verão tenho muitas mais peças que são verdadeiramente o meu estilo. Para o Inverno tenho poucas. E isso prende-se com um artigo que já escrevi aqui: grande parte das marcas de roupa "alternativa" de que gosto não fazem roupa verdadeiramente quente. Tenho alguns vestidos de Inverno dessas marcas mas tenho sempre de os usar com casacos de lã grossos, senão morro de frio. E repetir a fórmula também cansa.

7) Achas que vestir e parecer bem está diretamente ligado com alguma capacidade económica das pessoas? Ou o estilo não tem preço?
Não. Mas depende daquilo de que cada pessoa gosta e daquilo que cada um sente como "o seu estilo". As roupas que eu acho que se identificam comigo não são roupas baratas.  Estou a falar de marcas como a Titis, a Kling e a Skunkfunk, por exemplo. Mas também tenho umas skinny jeans pretas e outras azul petróleo que acho que sinto serem o meu estilo e que foram baratas - comprei-as na Lefties (o outlet da Zara) e na C&A. Por isso a resposta é não: é perfeitamente possível vestir e parecer bem sem gastar muito dinheiro. É preciso é que as várias peças se conjuguem, que nada esteja desenquadrado nem fora do sítio - e, se estiver, que não seja por acaso.
Contudo, penso que não vale a pena comprar só porque é barato. Temos de ter a certeza de que gostamos e de que é mesmo aquilo que queremos. Quando comprei as calças pretas e as azul petróleo procurei também umas de ganga . Encontrei várias, giras. Mas não na cor que eu queria - não comprei.

8) Mostra-nos algumas imagens de pessoas cujo estilo admires.
Hum... Nunca pensei muito nisso. Acontece-me mais admirar determinado estilo quando passo na rua  ou quando estou a ver um filme ou uma série na televisão... As imagens que vou mostrar são exatamente aquilo que me perguntas: pessoas cujo estilo admiro. Não quer dizer que quisesse ou gostasse de me vestir como elas. Admiro-lhes o estilo  porque acho que têm estilo. Por ordem: Sílvia Silva, Zooey Deschanel, Amelie Poulain, Audrey Hepburn.


9) Neste preciso momento tens 1000 euros na mão para gastar só em ti. O que fazes com esse dinheiro?
Bem, da maneira como as coisas estão guardava-os para usar em caso de necessidade. Se as minhas finanças não estivessem em crise e eu pudesse pensar em mudar de carro, talvez usasse o dinheiro para ajudar a pagá-lo. Se isto fosse um sonho, se não tivesse de me preocupar nada e pudesse mesmo gastar mil euros só comigo... Oferecia-me uma bela massagem, ou muitas. Talvez comprasse um iphone ou um tablet... Se entrar no domínio da moda, comprava sapatos (tenho muitos, mas se sair à rua encontro outros tantos que seriam a minha cara e que me ficariam a matar), óculos de sol e relógios. Comprava os anéis da Ana Pina. Comprava as golas e os cachecóis da Alice do noussnouss. Os gorros da wooler. Comprava este vestido  às riscas da Miau Frou Frou. Comprava alguma coisa da I love Lowie ou da Couverture & The Garbstore. Entrava numa das minhas lojas preferidas do Porto, a Cocktail Molotof, e de certeza que encontrava belos motivos para me perder. Ia a Santiago de Compostela, a outra das minhas lojas preferidas - A Reixa - e comprava tudo o que houvesse da Loreak Mendian. Na verdade acho que não chegava para isto tudo. 

10) O que achas da forma de comunicar moda das nossas revistas em Portugal?
Não digas a ninguém, mas eu raramente leio revistas, muito menos revistas de moda. Do que vejo nas bancas e do que vejo quando estou em algum consultório, parecem-me demasiado "mainstream", mostram demasiados artigos e marcas de luxo, não inovaram grande coisa nos últimos anos. Ainda assim gosto de consolar os olhinhos a vê-las, quando me cruzo com elas (atualmente não compro).

11) E os blogs como o teu, sobre moda? Quais as referências de blogs portugueses que nos aconselhes?
Tenho pouco tempo para ler e descobrir blogues. Acompanho o teu com alguma regularidade. Não quero recomendar o que quer que seja para além disso porque não tenho conhecimentos suficientes. Não se trata de menorizar os outros blogues, é mesmo falta de tempo:  entre a minha profissão a tempo inteiro, o meu filho, o marido, a casa e o blogue - nunca consigo sequer fazer  tudo o que queria com o meu blogue.

12) Agora há muitos bloggers a mostrar todos os dias aquilo que vestem. o que achas desta 'moda'?
As pessoas gostam de espreitar a vida das outras - neste caso, a roupa das outras. Não tenho nada contra, mas não é a minha escolha. Porque não gosto de me mostrar, porque não tenho grande coisa para mostrar, porque não ando assim tão na moda, porque não sou blogger a tempo inteiro e não teria tempo para isso, e porque acho que não é esse o meu caminho. Prefiro mostrar projetos de que gosto do que mostrar-me a mim. Prefiro criar looks no polyvore. O que eu acho que as pessoas querem ver nesses blogues são inspirações e novidades, mas eu sou incapaz de usar uma coisa que está na moda só porque está na moda, se não me sentir confortável ou  não gostar dela. E há modas pelas quais crio ódios de estimação: os calções curtinhos e os sapatos Lita, por exemplo. Também sou incapaz de usar padrões tigresse, peles, brilhantes ou coisas com apliques de metal. 

13) Se tivesses de dar um conselho de estilo a ti própria, qual seria?
Enche o armário de cor! Esquece os cinzas, azuis e pretos. Uma peça vermelha e outra cor-de-rosa não bastam. Ousar apenas com o azul petróleo torna-se cansativo. Atreve-te! Usa mais vezes coisas giras que tens no armário e não usas. Não escondas os cintos que tiras dos vestidos e dos casacos em parte incerta - nunca se sabe quando vais emagrecer e precisar deles...

4 comentários:

  1. Adorei a entrevista :D

    Eu desde que iniciei o curso de corte costura ando em pesquisas incessantes de roupas que um dia espero conseguir fazê-las. Dou por mim a pensar no meu armário e no quanto eu preciso mudá-lo... Deixar alguns trapos para trás, alguns ainda da minha adolescência e apostar em peças mais estruturadas e femininas. Afinal já não tenho 18 anos, estou com 35 e por muito que me custe assumir... Sou uma mulher e não uma miúda ;)

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  2. Tu tens todo o material necessário para mergulhar no maravilhoso mundo da cor. A cor da pele, o cabelo sempre curto e atrevido, formas redondas e bem feitas. Eu diria que podes avançar para aí e para muito mais, como por exemplo mostrar mais essas curvas, essa cintura...
    Tens um estilo de mulher-menina, gaiato, que vai bem com o arco-íris, força nisso, Beijinhos

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